Foto: Wellington Pedro/Imprensa MG

O governador Aécio Neves e o presidente da Lafarge Gypsum, Mário Castro, assinaram protocolo de intenções, nesta segunda-feira (22), no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, para a instalação de uma fábrica drywall (chapas de gesso para paredes e forros), em Poços de Caldas, no Sul de Minas. A Lafarge Gypsum é uma empresa do grupo francês Lafarge, maior produtor mundial de cimento. A unidade em Poços de Caldas vai gerar cerca de 500 empregos diretos e indiretos.

“Não há melhor forma de responder à crise do que fazendo o que a Lafarge faz hoje. Enxergando lá adiante, percebendo que há um nicho extraordinário ainda a ser explorado, com perspectivas claras de novos e importantes investimentos em construção civil e habitação no Brasil. A opção que faz a Lafarge, de num momento de crise avançar, é o que diferenciará no momento pós-crise as empresas que atuam no Brasil e em outras partes do mundo. A Lafarge percorre o caminho correto. O Estado é e será parceiro, como está sendo parceira a Prefeitura de Poços de Caldas”, disse o governador Aécio Neves, em seu pronunciamento.

As paredes de drywall são mais econômicas, oferecem flexibilidade no layout, conforto térmico e acústico, permitem a instalação mais rápida e geram menos entulho que o método convencional. Nos Estados Unidos o drywall é usado em 90% das construções.

No Brasil, o produto começa a conquistar lugar de destaque no setor de construção. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Chapas para Drywall, o mercado neste segmento registrou crescimento de 24,2% em 2008, enquanto o setor de construção civil cresceu 9%.

“Minas fica feliz em ser parceira em mais esse investimento de uma empresa extremamente séria, que tem responsabilidade com a sustentabilidade, em especial com a questão ambiental. E nesse aspecto o draywall é um avanço, porque seja do ponto de vista acústico, seja da questão do entulho, ele é o que poderíamos chamar de indústria limpa, porque permite uma flexibilidade enorme às construções, a custo ambiental talvez menor do que produtos similares”, afirmou o governador.

Mercado

Segundo o presidente da Lafarge Gypsum, Mário Castro, a unidade de Poços de Caldas terá capacidade de produção de 15 milhões de metros quadrados de chapa para drywall. A empresa não informou o valor do investimento e a previsão do início de operação.

O mercado de draywall no Brasil é estimado em 35 milhões de metros quadrados. A fábrica de Poços de Caldas é projetada para atender o consumo nos próximos cinco anos.

“Para a Lafarge Gypsum, nosso estudo estratégico mostrou que logisticamente Minas Gerais é um dos pontos mais interessantes para a nossa empresa. O maior mercado consumidor hoje é São Paulo. E por isso, escolhemos estrategicamente o Sul de Minas, que é encostado em São Paulo, o que nos dá vantagem em rapidez, de custeio de produção. Em São Paulo os impostos são mais caros”, disse o presidente da empresa.

Sobre o grupo

O Grupo Lafarge tem quatro fábricas de cimento em Minas Gerais, localizadas nas cidades de Arcos (Centro-Oeste do Estado), Matozinhos (região Central do Estado), Montes Claros (Norte de Minas) e Santa Luzia (Região Metropolitana de Belo Horizonte), comercializando as marcas Campeão, Montes Claros e Mauá. Na atividade gesso, a Lafarge Gypsum possui um centro de distribuição em Pouso Alegre, no Sul de Minas. Hoje, a divisão tem duas fábricas em Pernambuco, nas cidades de Petrolina e Araripina, responsáveis por duas linhas de produtos: Gypsum Drywall e Qualigesso.

O grupo tem 84 mil empregados em 79 países. No Brasil a empresa possui 1,2 mil funcionários e unidades industriais nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco. Em 2009 e pelo quinto ano consecutivo, a Lafarge fez parte da lista das 100 empresas mais sustentáveis do mundo, a Global 100.