O governador Aécio Neves recebeu nesta quarta-feira (13), no Palácio da Liberdade, o presidente executivo da empresa italiana de energia Terna SpA, Flavio Cattaneo, e o embaixador da Itália no Brasil, Michele Valensise. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) adquiriu, em abril passado, a holding de transmissão de eletricidade Terna, por R$ 2,2 bilhões. A empresa era controlada pela italiana Terna SpA, e atua em 11 estados do país. 

Foto: Wellington Pedro/Imprensa MG

Durante o encontro, o governador foi convidado pelo presidente da Terna e pelo embaixador Valensise a visitar a sede da empresa na Itália, em setembro próximo, quando a Cemig fará a liquidação financeira da operação. A Terna SpA é controlada pelo governo italiano.

“Foi um negócio muito importante para nós. Leva a Cemig a um crescimento expressivo e permitirá à Terna explorar o potencial de tudo aquilo que fizemos estes anos no Brasil”, afirmou Flavio Cattaneo, após a audiência com o governador. Também participaram do encontro o presidente da Cemig, Djalma Morais, e o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Sérgio Barroso.

“É possível que na viagem que estamos programando à Itália, seja viabilizado um acordo de cooperação para a troca de informações entre o Estado de Minas e a Itália. A compra da Terna foi um bom negócio. Ganhou a Itália, ganhou o Brasil e ganhou Minas. Com esta operação, a Cemig passou a ser a segunda maior empresa do Brasil em área de transmissão, só perdendo para a Eletrobrás”, afirmou o presidente da Cemig.

Com a aquisição da Terna, a Cemig amplia a sua rede de transmissão de energia de 6,5 mil quilômetros, para 10 mil quilômetros. A Cemig passou a ter 85,27% do capital votante e 65,8% do capital total da Terna Participações.

Os acionistas minoritários da Terna têm até 30 de setembro para optar por vender suas ações à Cemig. Djalma Morais explicou que o valor total gasto com a operação pode chegar a R$ 4,9 bilhões, com a compra das ações que estão nas mãos dos acionistas minoritários e com o resgate de passivos, principalmente dívidas bancárias. Cerca de 33% do capital da Terna pertencem atualmente aos acionistas minoritários.

A Terna é a segunda grande aquisição feita pela Cemig nos últimos dois anos. Em 2006, a estatal mineira, em consórcio com o Grupo Andrade Gutierrez, Luce Brasil e Pactual Energia, comprou a Light, tornando-se líder do mercado brasileiro de venda a consumidores finais e a quinta maior geradora.