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Governo lança o Centro Receptivo Turístico da Lapinha

Anastasia participou do lançamento da pedra fundamental do Centro Receptivo Turístico da Lapinha, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

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O vice-governador Antonio Augusto Anastasia participou, nesta quarta-feira (13), do lançamento o Centro Receptivo Turístico da Lapinha, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A estrutura de apoio ao turista nacional e internacional será composta por uma área com condições museológicas adequadas para exposição das peças escavadas por Peter Lund na região cárstica. O dinamarquês Peter Lund foi o primeiro paleontólogo no Brasil, responsável por fazer dessa região o berço mundial da ciência de ecologia vegetal e referência americana da arqueologia, paleontologia e espeleologia. 

O Centro Receptivo Turístico, em uma parceria do Governo de Minas com o Governo da Dinamarca, reunirá o acervo paleontológico de Lund, que se encontra hoje em Copenhague. A coleção permanecerá exposta aos visitantes no centro, que será construído na entrada da Gruta da Lapinha, onde está localizado, atualmente, um estacionamento.

De acordo com o vice-governador, o receptivo será um local apropriado para exposições, com museu climatizado, com todas as condições necessárias para receber peças de alto valor histórico. “Vamos ter aqui infra-estrutura montada para dar conforto ao turista e, em especial, aos alunos das redes pública e privada, para conhecer a história da humanidade”, afirmou.

Linha turística, científica e cultural

A região carste de Lagoa Santa, conhecida internacionalmente por sua riqueza científica, cultural e geomorfológica, levou o Governo mineiro a desenvolver o Projeto Linha Lund para sua preservação e para o desenvolvimento cultural da sociedade. O projeto contempla, dentre outras intervenções, a reestruturação física das três principais grutas na região – Gruta do Maquiné, Gruta Rei do Mato e Gruta da Lapinha – preparando-as para receber turistas e pesquisadores de toda parte do mundo.

“A Linha Lund significa uma âncora para o turismo. Vamos ter aqui em Minas Gerais, de maneira muito especial, possibilidade de o turista acoplar conhecimentos de natureza paleontológica, técnica e, ao mesmo tempo, ter o conhecimento das grutas, que são uma riqueza muito grande do nosso Estado”, disse Anastasia.

Dessa forma, objetiva-se estruturar a Linha Lund no que tange à acessibilidade, segurança pública, saúde básica (atenção ao turista), receptivo turístico (capacitação técnica e linguística), iluminação e infra-estrutura de lazer adequadas ao turismo, bem como implantar um plano de educação ambiental e conscientizar as pessoas quanto à importância da região e da preservação do meio ambiente.

Para tanto, o projeto consiste em ação integrada de vários órgãos do Governo de Minas, nas áreas de meio ambiente, turismo, desenvolvimento social, ciência e tecnologia, educação, obras públicas, desenvolvimento urbano e cultura, fazendo parte do Projeto Estruturador da Região Metropolitana de BH, o que confirma o destaque e a relevância da Linha Lund para o Estado.

O marco inicial da Linha é o Museu de Ciências Naturais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), localizado em Belo Horizonte. O museu guarda fósseis raros do período pleistoceno, como 15 animais gigantes, entre eles, a preguiça, tatus, tigre de sabre, mastodontes e macacos, e ainda 25 esqueletos de animais descobertos e restaurados por Lund.

O marco final está na Gruta do Maquiné - Monumento Natural Peter Lund, passando ainda pelo Parque do Sumidouro e pelas grutas da Lapinha e do Rei do Mato - Monumento Natural Rei do Mato, como focos referenciais principais, com elementos essenciais do carste no percurso. Criado em 2005, o Monumento Natural Peter Lund conserva o sítio histórico-científico Gruta do Maquiné, sua flora e fauna, em área de aproximadamente 72 hectares.

Linha Lund

O Projeto Linha Lund, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad), cria um circuito turístico pela região carste do entorno da capital mineira, formado principalmente pelas grutas Lapinha (Lagoa Santa), Rei do Mato (Sete Lagoas) e Maquiné (Cordisburgo). Para 2009, a previsão de investimento no projeto é de R$ 5 milhões.

Com percurso de 120 quilômetros, a Linha Lund está sendo proposta como forma de proteger esse verdadeiro santuário, o único no continente americano que reúne três áreas de pesquisa continuada: a paleontologia, a arqueologia e a espeleologia. Ainda fazem parte do circuito, as grutas Lapa do Baú, Lapa do Balé, Lapa Vermelha, o Parque do Sumidouro, com 1,3 mil hectares, o cemitério onde o paleontólogo dinamarquês Peter Lund foi enterrado, em Lagoa Santa.

Intervenções internas e no entorno

Para a estruturação física das grutas, prevêem-se intervenções internas e no seu entorno. As principais necessidades identificadas a serem atendidas pelo projeto são iluminação adequada de cada uma das grutas, aliando a preservação de suas formações ao estímulo do visitante; revisão da segurança para os visitantes, reformando acessos internos e também viários; construção de centros receptivos em cada uma das grutas para prover informação, serviços e conforto aos turistas e construção de portarias para aumentar a segurança local.

O projeto, contudo, não se restringe à estruturação física das grutas. Contempla, ainda, a implantação de um plano de educação ambiental que divulgue a importância da região carste nas escolas, educando a população jovem e incitando os estudantes a conhecerem as grutas e o percurso Linha Lund, transformando-os em multiplicadores da informação; a capacitação das comunidades locais para receberem turistas, qualificando mão-de-obra, e a divulgação e promoção da Linha Lund como roteiro turístico.

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