Detectamos que o seu navegador está desatualizado. Para uma melhor visualização do conteúdo, recomendamos que baixe uma versão mais recente.

Menu

Notícia

Cooperação Internacional é tema de oficina de capacitação dirigida aos secretários executivos dos Fóruns

Desenvolvimento Regional por meio da descentralização da política externa mineira foi um dos objetivos da atividade

Compartilhar notícia

  • ícone de compartilhamento

486A8466-

A 1ª oficina de Formação dos secretários executivos dos Fóruns Regionais de Governo, que faz parte do Programa de Internacionalização Regionalizada da Assessoria de Relações Internacionais do Governo de Minas Gerais, foi realizada nos dias 28 e 29 de janeiro, no auditório do BDMG, em Belo Horizonte.

Promovida em conjunto com a Secretaria de Estado de Governo (Segov), a oficina buscou capacitar os secretários executivos para a promoção de iniciativas de cooperação internacional no interior do estado.

O evento contou com a presença dos secretários de Estado de Governo, Odair Cunha, de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, de Esportes, Carlos Henrique Alves, de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Cruz Reis Filho, e de Educação, Macaé Evaristo. Além do secretário ajunto da Segov, Francisco Moreira, do presidente da Fundação João Pinheiro, Roberto Nascimento, do presidente do BDMG, Marco Aurélio Crocco, e do embaixador do Escritório de Representação do Itamaraty em Minas Gerais (Ereminas), Paulo Miranda.

O chefe da Assessoria de Relações Internacionais do Governo do Estado de Minas Gerais e anfitrião do evento, Rodrigo Perpétuo, convidou especialistas e representantes de organismos de cooperação internacional para apresentarem suas experiências profissionais e análises da conjuntura histórica e atual da política externa brasileira.

A programação também deu ênfase a experiências de internacionalização de municípios, em alinhamento com os objetivos centrais dos Fóruns Regionais. Foram apresentados os casos de Belo Horizonte (MG), Guarulhos e São Paulo (SP) e Canoas (RS).

Segundo Perpétuo, o principal objetivo dessa iniciativa é apresentar aos secretários executivos algumas diretrizes de internacionalização para que a plataforma dos Fóruns Regionais contribua para tornar iniciativas de cooperação internacional mais presentes no interior do estado. “Para isso recolhemos um conjunto de intervenções muito instrumentais e outras mais acadêmicas a fim de combinar conhecimento e prática”, comentou.

A grade de apresentações foi montada para tratar o tema de uma forma abrangente. A qualificação de políticas públicas ligadas à sustentabilidade, a inclusão dos municípios em redes de cooperação entre cidades, a atração de investimentos e a representação institucional para intercâmbio cultural foram alguns dos temas apresentados pelos convidados.

O secretário Odair Cunha, em sua fala de abertura do segundo dia de atividades, destacou a importância dos secretários executivos para aumentar a interação do Governo em todas as suas frentes de atuação e aproveitou a ocasião para convidá-los a acompanhar de perto o Programa Escola Sustentável, que irá tratar da agenda da sustentabilidade no âmbito das escolas, além de auxiliá-las a cumprir as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental.

“Isso não irá acontecer no automático. Devemos desembarcar da burocracia para que o cidadão sinta a diferença que queremos fazer. O papel dos secretários executivos será essencial na motivação e realização desse projeto”, enfatizou.

Em sua apresentação a secretária de Educação, Macaé Evaristo, também mencionou o programa de sustentabilidade nas escolas e mostrou aos secretários executivos o trabalho de internacionalização que vem realizando junto a alunos e professores da rede estadual de ensino.

Entre eles o Educar com Arte Africana, parceria com governo da Nigéria que já atendeu a mais de 6 mil estudantes; um projeto de cooperação entre o Governo de Minas Gerais e o de Moçambique, em que cerca de 850 educadores moçambicanos foram capacitados na área de alfabetização (quase 50% da população adulta daquele país é analfabeta, como no Brasil da década de 50) um programa de formação em língua estrangeira realizado em parceria com a Embaixada Americana; entre outros.

A secretária Macaé deu especial destaque para iniciativas de capacitação em língua estrangeira: “Temos que buscar cada vez mais dialogar, nos comunicarmos, incentivar pesquisas, produzir estudos. A língua é um fator bastante importante para o desenvolvimento. Sou de uma geração que é monolíngue, mas as próximas gerações podem e devem ser diferentes”, revelou.

Cooperação entre cidades

Uma cidade que conseguiu aproveitar-se bastante das agências de cooperação técnica internacional foi Canoas, situada no Rio Grande do Sul. A Coordenadora de Relações Institucionais (RI) do município, Deise Martins, apresentou alguns projetos que foram elaborados a partir de trocas de experiências entre Canoas e cidades africanas, europeias e da América do Norte.

Entre iniciativas criadas pela prefeitura e outras importadas de outros lugares, projetos de participação popular, segurança pública, mobilidade urbana e turismo foram alguns dos que mais inspiraram os secretários executivos.

A introdução às redes de cooperação entre cidades foi outro tema que chamou atenção dos participantes. O secretário executivo do Território Vale do Rio Doce, Fábio Brasileiro, acredita que as iniciativas de cooperativismo são fundamentais para o desenvolvimento da sua região. “Precisamos das agências de cooperação internacional presentes nos nossos territórios para que este trabalho ganhe força e consiga se estabelecer de forma efetiva”, disse.

Para o secretário executivo do Território Sudoeste, Juarez Moreira, a oficina foi de grande valia. “Temos muitos fatores para trabalhar. O combate ao tráfico internacional de drogas e o contrabando de pedras preciosas são exemplos nos quais a cooperação internacional representa uma oportunidade de realizar trocas de experiências para o desenvolvimento local”, refletiu Moreira.

Ligado ao Ministério das Relações Exteriores, a ABC é uma das agências mais ativas no apoio técnico aos municípios brasileiros. Wófsi Yuri é coordenador técnico do órgão e elogiou a iniciativa do Governo de Minas Gerais de descentralizar suas políticas de relações internacionais.

Segundo Wófsi, “é muito difícil para a agência fazer seu trabalho em todos os rincões do país, mas agora temos diante de nós essa parceria com o Governo do Estado que é de grande valor para conseguirmos alcançar mais resultados nas pontas, nas cidades do interior que normalmente estão excluídas desse circuito”.

 

Fonte: Agência Minas

Fonte: 2016-01-01 02:01:03

Últimas Notícias