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Comitês de enfrentamento da dengue e influência se reúnem

Nesta quarta-feira (3) ocorreu uma reunião conjunta dos Comitês de Enfrentamento da Dengue e da Influenza A (H1N1) na Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG).

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Reuniao do comite Dengue e Influenza
Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira (3) ocorreu uma reunião conjunta dos Comitês de Enfrentamento da Dengue e da Influenza A (H1N1) na Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG). Os dois comitês são formados por entidades públicas e da sociedade civil que auxiliam na deliberação das ações preventivas e de combate às duas enfermidades. Na reunião foram apresentados dados relativos às duas doenças e as ações previstas para o enfretamento das mesmas.

O consultor técnico do Instituto Brasileiro para Estudo e Desenvolvimento do Setor de Saúde (IBDESS), César Vieira, considera os comitês uma experiência única na área da saúde e de importância fundamental para a saúde. “O alinhamento das estratégias, das ações, das atribuições e o debate de idéias é de extrema importância para a prática das ações de saúde mais eficazes”, finalizou Vieira.

O Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça da Defesa da Saúde (CAO Saúde) vai preparar um documento para os procuradores, presentes nos 853 municípios mineiros, detalhando a estratégia definida para a campanha de imunização contra a Influenza A (H1N1). Como explica o procurador de Justiça, Gilmar de Assis, “o objetivo é que os promotores conheçam bem a estratégia adotada, e que sejam atores qualificados para esclarecer as dúvidas da população. Evitando assim, a judicialização da questão”, concluiu.

Dengue              

O número de casos notificados de dengue em Minas em 2010, até hoje, é de 27.747. Os 20 municípios de maior incidência representam 73%, ou 19.778, dos casos notificados. O Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (Liraa) realizado, em janeiro, em 27 municípios, apresentou índice de infestação acima de 1% em 26 dessas cidades. O ideal é que esse número esteja abaixo de 1%.

Foi confirmado um óbito por Febre Hemorrágica da Dengue em Arcos, outros 11 estão em investigação. Já os óbitos confirmados por dengue com complicação totalizam seis casos.  O aumento da ocorrência pode ser atribuído ao clima propício para a proliferação do vetor. As chuvas seguidas de estiagem com a temperatura elevada, que marcaram o período entre dezembro e fevereiro são propícias para a reprodução do Aedes aegypti. A antecipação do período chuvoso, também, foi determinante para esse quadro.

Ações de combate

Uma equipe técnica formada por profissionais de saúde já visitou grande parte dos municípios com alto índice de infestação por dengue para capacitar os profissionais para o enfretamento da doença. Essa equipe é preparada, se necessário, para auxiliar na assistência aos doentes. O principal objetivo desse grupo é auxiliar aos municípios na adoção da estratégia mais adequada.

A assistência em saúde aumentou o nível de alerta para todos os profissionais de saúde e reforçou a importância da identificação precoce do quadro e classificação do risco, para oferecer o tratamento mais rápido e de maior eficácia. Os profissionais de saúde vêm sendo capacitados quanto aos protocolos de manejo clínico, fluxos e pontos de assistência, o objetivo é fazer com que a informação qualificada chegue a todos os profissionais de saúde que atuam na assistência aos doentes.  

A SES já distribuiu insumos e medicamentos, como soro e antitérmico e já está disponível para os municípios. As ações de comunicação social também é um dos vértices do combate à dengue. As rádios da capital e do interior estão veiculando a campanha publicitária. Outdoors no interior, e backbus na capital fazem parte também do plano de mídia. Nos municípios considerados prioritários e em seus arredores, ocorrerá a distribuição de um jornal mural explicativo sobre a doença. Também foram produzidos 1 milhão de flyers para as ações de conscientização da população.

Os materiais de comunicação estão disponíveis para download no site da SES. É autorizada a aplicação da logomarca dos interessados em divulgar o material. As ações de mobilização social são, também, fundamentais para o sucesso das ações, oficinas de teatro, parcerias com entidades religiosas e clubes da região metropolitana fazem parte das ações de mobilização.

A chamada Força Tarefa, em fase de contratação dos profissionais, vai agrupar 60 agentes de combate à dengue para auxiliar aos municípios, principalmente, os de pequeno e médio porte nas ações de combate aos focos do vetor da dengue.

Influenza A (H1N1)

A estratégia de vacinação contra a Influenza A (H1N1) foi apresentada durante na reunião, segundo os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Os dois principais objetivos da campanha de imunização são: manter o pleno funcionamento dos serviços de saúde envolvidos na pandemia; e diminuir o risco de adoecer e o número de mortes associados à doença nos grupos mais afetados na primeira onda da Influenza. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Como o vírus está presente em 209 países, torna-se inviável as tentativas de interromper a sua circulação no país.

A campanha divide a população em grupos que terão períodos determinados para tomar a vacina. A definição da população a ser vacinada foi definida pelo Ministério da Saúde a partir dos seguintes critérios: a situação epidemiológica; recomendação do grupo assessor do Programa nacional de imunização; recomendação da OMS para a definição de grupos prioritários; observação da segunda onda da doença no hemisfério norte; e articulação com sociedades científicas. 

É fundamental ressaltar que as medidas preventivas são fundamentáveis para a população e os hábitos rotineiros de higiene precisam fazer parte da vida das pessoas. Lavar sempre bem as mãos, levar o antebraço ao rosto ao espirrar e o uso de equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde, são medidas de extrema importância. 

Experiência de êxito

A experiência de Minas Gerais no enfrentamento da Influenza em 2009 foi reconhecida como exitosa pelo Ministério da Saúde. As deliberações do comitê, logo no início da chegada da doença, possibilitaram que seus efeitos fossem atenuados. Em Minas Gerais, no ano de 2009 foram notificados 9.716 casos, desses, 1.565 foram confirmados como H1N1. Do total de casos confirmados, 618 (19,5%) foram registros de Síndrome Gripal; e 947 (60,5%) de ocorrência de Síndrome Respiratória Aguda Grave. O número de óbitos em decorrência da doença chegou a 155.

Em 2010, até esta quarta-feira (3), foram notificados 35 suspeitos de Influenza A (H1N1). Desses casos três foram confirmados, dois deles vieram a óbito. Outro óbito suspeito está sob investigação.

O comitê está preparando as ações de combate pensando, principalmente, no período de aumento da circulação do vírus, para que todas as ações de assistência, vigilância e comunicação estejam em curso.  O Hospital Eduardo de Menezes, da Rede Fhemig, até o meio desse mês vai contar com 16 leitos exclusivos para o atendimento aos pacientes de Influenza e Dengue, ao final das obras (final deste mês) os leitos exclusivos à atenção aos pacientes dessas duas enfermidades chegarão a 34, além de oitos de UTI.

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