Detectamos que o seu navegador está desatualizado. Para uma melhor visualização do conteúdo, recomendamos que baixe uma versão mais recente.

Menu

Notícia

Anastasia destaca importância da gestão pública no Estado

O vice-governador Antonio Augusto Anastasia, participou da solenidade de abertura da 4ª Reunião da Rede de Monitoramento e Avaliação da América Latina e Caribe, nesta segunda-feira (24), no Hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte.

Compartilhar notícia

  • ícone de compartilhamento

O encontro visa contribuir para a promoção e consolidação dos sistemas de monitoramento e avaliação“A gestão pública deixou de ser o ‘patinho feio’ para inserir-se definitivamente na agenda nacional como objeto de preocupação de líderes governamentais, empresários e especialistas, tanto nos municípios e na administração pública como na iniciativa privada”. A afirmação é do vice-governador Antonio Augusto Anastasia, durante a solenidade de abertura da 4ª Reunião da Rede de Monitoramento e Avaliação da América Latina e Caribe, nesta segunda-feira (24), no Hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte. 


Foto: Carlos Alberto/Secom-MG

Promovido pela Fundação João Pinheiro (FJP), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Mundial (Bird), o encontro visa contribuir para a promoção e a consolidação dos sistemas de monitoramento e avaliação atualmente desenvolvidos em alguns países latino-americanos e caribenhos por meio de painéis, palestras, discussões e debates com especialistas das três instituições, acadêmicos, representantes das três esferas de governo e de outras organizações.

O vice-governador afirmou ser difícil ter instrumentos eficientes de monitoramento e avaliação, porque essa sistemática somente agora começa a fazer parte de nossa cultura. “O poder público não se preocupava como isso em passado recente e o resultado foi péssimo, com perda de qualidade nas ações governamentais, que nunca alcançavam suas metas”.

Segundo Anastasia, esse quadro vem se modificando nos últimos anos e hoje os governos, especialmente o de Minas Gerais, se preocupam com os resultados, tendo como constantes parceiros o BID e o Banco Mundial. “Temos em Minas uma iniciativa pioneira, que é o Estado para Resultados, que lançou raízes para o que agora é uma realidade no Estado, que é de trabalhar com metas e indicadores que nos levam a resultados reais que subsidiam as ações governamentais.”

Afirmando que o monitoramento e a avaliação permitem avaliar se os resultados das políticas públicas estão chegando na ponta, no cidadão, Anastasia citou a área de segurança pública, que requer políticas públicas contundentes e é das mais difíceis de se trabalhar. “Temos indicadores objetivos de melhoria na segurança pública, com quedas de índices de violência em vários municípios, o que é muito importante mas, ainda mais importante, é criarmos para o cidadão o que chamamos de ‘sensação de segurança’”.

Segundo ele, um grande desafio é avaliar os vários aspectos que interferem diretamente na vida da população e isso somente será possível se o estado preparar seus técnicos para serem mais eficientes no monitoramento e na avaliação de políticas públicas. “Nesse aspecto, a Fundação João Pinheiro tem papel importante na busca permanente de ferramentas melhores para seus pesquisadores, o que possibilita um trabalho com critérios eficientes de monitoramento e avaliação”.

Avanços

Para o presidente da Fundação João Pinheiro, Ricardo Santiago, a discussão sobre monitoramento e avaliação ocorre em um momento mais do que propício para Minas Gerais e o país, pois é um momento em que se pensam fortemente nos gastos públicos, tanto em como bem usá-los como na obrigação dos governantes em relação a dar uma resposta à sociedade. “A sociedade tem que estar atenta e informada sobre os recursos públicos governamentais e os programas de avaliação permitem isso”, disse.

Segundo Santiago, já foram feitos muitos progressos na área de monitoramento e avaliação mas há muito que fazer ainda. “Caminhamos bastante, mas temos que olhar no futuro. Esta rede de monitoramento e avaliação da América Latina e Caribe participa efetivamente desse trabalho, mas também como responsável pela troca de idéias, técnicas de institucionalização”.

Santiago afirmou ser necessário melhorar o que está sendo feito e nesse aspecto os pareceres de organismos internacionais como BID e Banco Mundial são de suma importância, pois têm papel relevante nessa atividade. “Devemos aprofundar a atuação em programas de monitoramento e avaliação de nossas políticas públicas, de forma a estabelecer um processo de gestão que nos propicie avaliar, com critérios objetivos, nossos programas e projetos”.

A FJP, na opinião de Santiago, já está estabelecida como produtora de estatísticas, indicadores econômicos sociais e na formação de gestores públicos e agora dará ênfase também na avaliação de políticas públicas. “Vamos compartilhar nossa experiência com outros estados e órgãos como estamos fazendo com o Banco Mundial e o BID e é bom lembrar que a colaboração com essas organizações vai além de empréstimos financeiros, mas também de troca de experiências e conhecimentos, o que deverá contribuir muito com o trato da coisa pública”.

Banco Mundial

Michael Bamberger, consultor em Desenvolvimento Social e Avaliação de Programas do Banco Mundial, afirmou que todos têm desafios, mas também lições para o futuro. “A institucionalização da avaliação é um grande trabalho a ser feito na América Latina e no mundo e o Bird quer ajudar com informações”, afirmou.

Disse, também, que alguns países latino-americanos têm evoluído bastante no que tange à avaliação, mas isso não foi automático e sim por conta de muito trabalho, acompanhamento e coleta de informações confiáveis realizadas nesses países. “Isso foi possível nessas nações porque houve envolvimento da sociedade, do mundo acadêmico, empresários e governo no trabalho de avaliação”, salientou. Segundo Bamberger, o foco foi mudado para a avaliação, com análise dos programas que tiveram sucesso, criação de informações sistêmicas e metodologias adequadas a cada política.

Para Roberto Garcia López, coordenador do Programa de Desenvolvimento do BID, os sistemas de monitoramento e avaliação na América Latina e Caribe evoluíram muito e hoje, cada centavo gasto em projetos no continente tem dado melhores resultados. “Antes era como um burro carregando mais do que conseguia e acabava suspenso pelo peso da carroça. Uns diziam que era preciso engordar o burro, outros que deveria colocar dois burros. Mas sabemos que nada disso resolveria, pois o problema era de organizar a carga, portanto, uma questão de gestão”, explicou.

Garcia López afirmou que há um movimento nos países da América Latina e Caribe, com avanços nos modelos de gestão, orçamentos por resultados, fortalecimento do planejamento estratégico e integração das ações governamentais. “Deve-se tentar atingir o que chamamos de trilogia de equilíbrio que é a continuidade, que significa não interromper ou mudar os programas públicos sem que haja avaliação, integralidade, que é o envolvimento dos governos e empresários, e a corresponsabilidade, que é da administração pública e de toda a sociedade porque é uma mudança cultural”.

Último dia

Os debates prosseguem nesta terça-feira (25), a partir das 9h, com a discussão sobre o papel da avaliação, experiências práticas e métodos de avaliação, avaliação de impacto, alcances e benefícios das avaliações executivas, uso de métodos mistos de avaliação, avanços e desafios do monitoramento e avaliação na América Latina e Caribe e perspectiva da rede de M&A.

Serão ainda apresentados os seguintes estudos de caso: Programa Jovens Urbanos, de São Paulo; CCTs e Serviços Educacionais, do Banco Mundial; Programa de Saúde Bucal, do Chile; Paz e Desenvolvimento e Laboratório de Paz, da Colômbia, e Programas Sociais do México, Nicarágua e Turquia.

 

Fonte:

Últimas Notícias